terça-feira, 15 de maio de 2012

                                      Noite sem Luar!

Autora: Ana Luiza Oliveira Mendonça

   O lugar era muito famoso por suas histórias de assombração. Aquela noite era uma data especial, pois os moradores estavam preparando a festa mais importante da cidade.

   Era uma noite sem luar.

   A moça da casa amarela fazia comida que seria servida aos visitantes; as crianças brincavam na praça enquanto suas mães preparavam a decoração. Todos estavam esperando a festa começar.

   Ao longe, ouvia-se uma voz de mulher cantando uma canção de amor.

   A canção vinha de longe, parecia vir do bosque.

   Um homem curioso resolvel seguir a voz. Chegou no bosque, mas nesse momento a canção parou. O homem ouviu gritos dizendo que a grande festa iria começar e voltou para a pracinha para ver ´´Meu-boi-bumbá``.

   Durante a festa pra, mais noitinha o homem viu que não tinha luar.

   Pronto! Agora eram dois mistérios: quem era a moça a cantar e por que a noite sem luar?

   O homem já estava com a cabeça tão cheia que nem terminou de assistir o ´´Boi-bumbá``.

   Foi para o bosque procurar aquela mulher que tinha ouvido cantar. Mas foi grande o seu espanto ao
 vê-la deitada sobre a grama, morta...

   O homem triste, levou-a para ser enterrada, mas na noite seguinte, virão que ela não estava mais no caixão e que a Lua estava no céu!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

                                Luís da Câmara Cascudo


   Luís da Câmara Cascudo nasceu em 30 de dezembro de 1898, na cidade de Natal, estado do Rio Grande do Norte. Filho único de Francisco Justino de Oliveira Cascudo, um influente coronel da Guarda Nacional, e de Ana Maria da Câmara Cascudo.
  
   Câmara Cascudo trabalhou como professor, diretor de escola, secretário do Tribunal de Justiça e exerceu atividade de jornalista escrevendo crônica diária no jornal “A República” e outros veículos. Foi divulgador do integralismo e lecionou direito internacional na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    Lançou mais de 150 livros, escreveu até os últimos dias de sua vida; o primeiro livro, “Alma Patrícia”, foi lançado em 1921. Em 1939, lançou a obra “Vaqueiros e Cantadores”, livro que destacou o seu nome entre os autores que escreviam sobre a sabedoria popular.




   Em 1954, lançou o livro “Dicionário do Folclore Brasileiro”, obra que o destacou como folclorista e em referência mundial. Em 1959, lançou “Rede de Dormir”; em 1967, “História da Alimentação no Brasil”, e no fim da década de 60, “Nomes da Terra”.





   Nunca abandonou a sua terra natal. Em 1965, lançou o livro “História do Rio Grande do Norte”. Fundou a Sociedade Brasileira de Folclore, e até os dia de hoje é referência de autor e pesquisa relacionada ao folclore brasileiro.


   Morreu às 16h30m, aos 87 anos (1985), de parada cardíca, na Casa de Saúde São Lucas, o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo.